HSBC: PMI de serviços atinge maior nível em 6 meses

O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços do Brasil subiu para 51,4 em junho, de 50,6 em maio, atingindo o maior nível em seis meses, segundo divulgado há pouco pelo HSBC e Markit. Mesmo assim, com a queda no PMI industrial, o índice composto ficou para 49,9 em junho (de 49,8 em maio), permanecendo pelo terceiro mes seguido abaixo da marca de 50 pontos, o que indica contração da atividade.

No setor de serviços, a melhora na atividade em junho foi atribuída ao aumento no volume de novos negócios. Houve crescimento em quatro das seis categorias monitoradas, com a expansão mais acentuada sendo observada na de Hotéis e Restaurantes. Com essa expansão, o setor continuou contratando empregados em junho, embora o nível de emprego tenha melhorado apenas marginalmente, ficando abaixo da tendência de longo prazo.

O otimismo em relação à produção do setor de serviços no próximo ano melhorou acentuadamente em junho. O nível de sentimento positivo aumentou atingindo o seu ponto mais alto em três meses, em comparação com o recorde de baixa para as séries observado em maio, subindo de 52,2 para 73,3. Cerca de 49% das empresas pesquisadas preveem uma atividade mais elevada de negócios daqui a 12 meses, citando expectativas de uma demanda mais forte e melhores condições econômicas como fontes prováveis deste crescimento.

Os preços de insumos enfrentados pelas empresas de serviços aumentaram ainda mais em junho. No entanto, a taxa de inflação de custos diminuiu atingindo o seu ponto mais fraco na história das séries. Os entrevistados relataram preços mais elevados de matérias-primas, mas também citaram negociações de preços bem-sucedidas com os fornecedores. “De um modo geral, os custos dos insumos do setor privado como um todo aumentaram pelo ritmo mais fraco no atual período de 59 meses de inflação”, diz o relatório do HSBC.

Mesmo com a forte melhora no otimismo no setor de serviços, o economista-chefe do HSBC Brasil, André Loes, diz que a expectativa ainda é de “economia fraca nos próximos meses”.

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