Há um ano campeão dos juros

O Brasil está completando o primeiro ano na liderança do ranking mundial dos juros reais. Desde setembro do ano passado, quando ultrapassou a Turquia, o Brasil registra as maiores taxas de juros reais (descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses) do globo, atualmente em 14,3%.

Para o Brasil deixar essa incômoda posição, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) teria de reduzir a taxa básica, a Selic, para 11,25%, isto é, fazer um corte de 8,5 pontos percentuais, segundo projeção elaborada pela consultoria GRC Visão.

Portanto, caso o Copom decida hoje cortar a Selic em 0,25 ou 0,5 ponto percentual, como estima a maioria dos analistas do mercado, isso não vai fazer grande diferença. Os juros reais altos têm efeitos muito negativos sobre a economia. Quando os juros estão altos, os investidores preferem aplicar seu dinheiro no mercado financeiro, em vez de abrir ou expandir um negócio.

Quanto mais os juros sobem, maior é o retorno das aplicações financeiras. Fica difícil conseguir a mesma rentabilidade em uma fábrica ou empresa.

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