O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou nesta quinta-feira, 9, que 57,8% das ações da Agenda BC# estão em andamento, enquanto 42,2% estão concluídas. Segundo ele, o anúncio da segunda fase da agenda ocorrerá em junho deste ano. Campos Neto afirmou ainda que existem “boas condições” para a aprovação da autonomia do Banco Central ainda no primeiro trimestre deste ano.

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Campos Neto pontuou ainda que “é sempre prerrogativa do legislativo” aprovar ou não um projeto de interesse do BC. “Colocamos para o primeiro trimestre porque achamos que existe um ambiente propício para a aprovação”, acrescentou.

Segundo ele, no fim do ano passado já existia a possibilidade de aprovação, mas a pauta da Câmara estava concentrada, o que acabou adiando para 2020. “Tenho conversado com (o presidente da Câmara, Rodrigo) Maia, que tem defendido a agenda”, disse Campos Neto.

O presidente do BC também afirmou que o projeto de autonomia do BC que tramita atualmente na Câmara “é o melhor projeto”.

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O projeto de lei complementar (PLP) nº 112 foi encaminhado no ano passado pelo governo ao Congresso e está em tramitação na Câmara. No Senado, há outro projeto, o PLP 19, de autoria do senador Plínio Valério (PSDB-AM). Ambas as propostas preveem mandatos fixos para o presidente e os diretores do BC.

Mandato único

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Campos Neto defendeu ainda o mandato único para o BC – ou seja, o controle da inflação. No Congresso, alguns parlamentares defendem o estabelecimento de um mandato duplo – controle da inflação e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ou geração de empregos. “Entendemos que o mandato duplo para o BC não é uma forma eficiente de operar. Países que têm acabam não operando com mandato duplo”, afirmou. “A melhor forma de contribuir com o crescimento de longo prazo é através do controle da inflação”, acrescentou.