O risco de uma nova greve de caminhoneiros ronda o Brasil. A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) afirmou nesta terça-feira (14) que a redução do ICMS sobre o diesel é ineficaz e que, diante da perspectiva de novo aumento de preços, uma greve “é o mais provável e não demora muito”.

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A Abrava argumenta que os impactos da medida serão temporários, já que o mercado espera novos reajustes nas refinarias para acompanhar a alta das cotações internacionais do petróleo e da desvalorização cambial.

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Em nota, a associação liderada pelo caminhoneiro Wallace Landim, conhecido como Chorão, reforça críticas sobre a condução da crise pelo governo, que vem anunciando “medidas tabajaras” de olho na reeleição, em vez de focar em mudanças na política de preços da Petrobras.

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“Qualquer percentual, de qualquer produto, que se anuncie retirar do preço do combustível será ineficaz para sua efetiva redução”, diz o texto divulgado nesta terça, com comentários sobre a aprovação pelo Senado, na segunda (13), de projeto que estabelece teto para o ICMS sobre os combustíveis.

Dados

Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço médio do diesel nas refinarias brasileiras está hoje R$ 0,99 por litro abaixo da paridade de importação, conceito usado pela Petrobras em sua política de preços.

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É o quinto dia seguido com defasagem acima de R$ 0,90 por litro no preço do diesel, produto hoje escasso no mercado global devido a cortes na produção russa e ao maior uso em térmicas. Na gasolina, ainda segundo estimativa da Abicom, a diferença é de R$ 0,73 por litro.

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“Ora, não é preciso ser um economista para chegar à conclusão que dois ou três aumentos consumirão toda a redução que se pretende fazer por meio dos tributos, correndo risco do litro desses combustíveis ficarem ainda mais caros do que hoje”, diz a Abrava.

Para a associação, o esforço para reduzir tributos sobre os combustíveis mostra “um governo desesperado”. Além de mudanças na Petrobras, a entidade pede que o diesel seja custeado pelos contratantes do transporte, como ocorre com o pedágio.

“Essa despesa de viagem precisa ser integralmente ressarcida, ficando o profissional autônomo com seu frete livre de despesas de viagem”, sugere, pedindo apoio ao projeto de lei do senador Lucas Barreto (PSD-AP) que estabelece ressarcimento com os gastos com combustível.

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“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo essa política cruel de preços da Petrobras, sem garantia de que o caminhoneiro tenha suas despesas de viagem integralmente ressarcidas, a categoria vai parar”, afirma a Abrava.

“Se não for por greve, vai ser pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável e não demora muito”, conclui.

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