Greenspan descarta deflação

O sistema bancário nos Estados Unidos deve permanecer saudável, mesmo em um cenário em que as taxas de juros estejam subindo, disse ontem o presidente do Fed (Federal Reserve), Alan Greenspan, em declaração ao Congresso. “Em geral, a indústria está adequadamente gerenciando sua exposição à taxa de juros”, disse Greenspan diante do Comitê Bancário do Senado.

Greenspan disse ainda que a deflação não é mais uma ameaça para os EUA.

Baixas taxas de hipoteca nos últimos anos têm mantido os bancos ocupados com o lado de consumo, especialmente no que diz respeito ao fornecimento de empréstimos para compradores de casas, ou refinanciamento das já existentes.

Como a recuperação econômica tem se consolidado e os investidores começaram a intensificar as estimativas de que as autoridades monetárias possam subir os juros mais tarde neste ano, as taxas de longo prazo, tais como as de financiamento para compra de imóveis, têm subido recentemente.

“Muitos bancos parecem acreditar que conforme os juros subam – presumivelmente com um maior crescimento econômico -, eles possam aumentar as taxas dos empréstimos além do necessário para subir as taxas pagas sobre depósitos”, disse Greenspan.

“Certamente, há sempre exceções e alguns bancos, sem dúvida, seriam atingidos com o aumento dos juros”, acrescentou Greenspan. “Entretanto, a indústria parece estar suficientemente atenta aos ciclos das taxas de juros e não tem se exposto a riscos indevidos”, completou.

De acordo com as previsões de Wall Street, o Comitê de Mercado Aberto do Banco Central americano não deve mexer na taxa de juros em sua próxima reunião, em maio.

Mas muitos estimam que as taxas já devam começar a subir no segundo semestre, apesar de não haver consenso sobre quando isso possa acontecer.

As referências sobre aumento de juros refletiu imediatamente nas Bolsas de Nova York. No final da tarde o índice Dow Jones caia 0,84%. A Bolsa eletrônica Nasdaq perdeu 1,69% e o S&P 500 perdeu 1,20%.

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