Governo vai rever formação do preço do gás

O ministro de Minas e Energia, Francisco Gomide, admitiu que o governo vai estudar a necessidade de uma revisão na formação do preço do gás de cozinha pela Petrobrás, antes de estabelecer um possível tabelamento de preços ao consumidor. Essa seria uma alternativa, caso não haja uma acomodação do mercado e uma diminuição no preço da revenda do botijão de gás.

Gomide se reuniu com representantes dos distribuidores de gás de cozinha, para discutir as margens de lucro que vem sendo aplicadas ao produto.

Segundo ele, a partir da próxima semana serão criados grupos de trabalho que vão estudar os aspectos da produção do gás, da tributação e da comercialização.

Esses grupos de estudo serão coordenados pelo secretário de Petróleo e Gás do Ministério, Marco Antônio de Almeida, e serão formados por integrantes do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional do Petróleo e das distribuidoras de gás.

Francisco Gomide disse que, aparentemente, as margens de lucro que vem sendo praticadas pelas distribuidoras estão contidas. “Os distribuidores fizeram uma exposição convincente”, disse o ministro. Segundo ele, um dos responsáveis pelo aumento do produto poderia ser a margem de lucro da revenda.

De acordo com Gomide, o revendedor adota a psicologia de fixar uma margem de lucro em porcentual sobre o preço praticado pela Petrobrás e pelas distribuidoras. Ele explicou que, como os revendedores correspondem a um universo grande, fica difícil conversar com cada um deles. Mas disse que o governo espera que a própria pressão da população possa fazer com que o preço do produto baixe.

Os representantes dos distribuidores apresentaram ao ministro uma tabela de preços praticados em São Paulo, onde a margem de lucro da distribuidora caiu de R$ 6,33, em dezembro do ano passado, para R$ 5,80 em julho deste ano, enquanto que o preço do botijão no atacado subiu de R$ 15,8 em dezembro do ano passado, para R$ 20,53, neste mês.

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