Não basta ter iniciativa, é preciso ter “acabativa”. Esse mantra, cunhada pelo ex-ministro da Casa Civil Pedro Parente, em meio à crise do “apagão” elétrico em 2001, parece ainda atual. O governo de Dilma Rousseff tem sido cobrado para tirar do papel medidas já anunciadas. O principal foco é o programa de concessões em infraestrutura. Vai completar sete meses sem que nenhum quilômetro de rodovia ou ferrovia tenha sido leiloado.

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Pelo cronograma anunciado com pompa em agosto do ano passado, dois trechos de rodovias federais em Minas Gerais, as BRs 040 e 116, já teriam sido arrematados por alguma concessionária e o contrato da última seria assinado este mês. O governo suspendeu o leilão, marcado para janeiro, porque havia risco de não aparecerem interessados. As normas estão sendo revistas para ampliar a rentabilidade do concessionário.

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As obras de infraestrutura que dependem exclusivamente do governo também avançam lentamente. Projetos mais complexos, como a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), a integração de bacias do São Francisco e o arco rodoviário do Rio de Janeiro, são os mais afetados.

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Outra medida já anunciada, mas que está travada na burocracia, é a reforma do PIS-Cofins. A tendência é de que ela só entre em vigor no ano que vem, pois o volume de renúncia tributária é elevado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.