O governo aposta no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal em nova etapa do plano de aumento do crédito e incentivo à economia. Após turbinar a oferta de empréstimos no fim de 2011, a equipe econômica agora quer diminuir a margem que essas instituições cobram nas operações, o chamado spread bancário.

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Com a aposta de que os bancos públicos podem liderar o movimento, o governo reforçou o pedido para que esses bancos diminuam o spread e, assim, incentivem concorrentes privados a realizarem o mesmo.

Fontes do governo e dos bancos afirmam que a direção do BB e da Caixa tem se reunido com representantes do Ministério da Fazenda para tentar uma ação coordenada de redução dessa margem. A intenção é costurar plano semelhante ao executado na crise de 2008 e 2009, quando instituições públicas reduziram spreads e juros, ganharam clientes, impulsionaram a economia e, ainda, foram seguidos pelos concorrentes.

Um dos objetivos é reduzir as margens em operações que possam incentivar o consumo das famílias. No governo federal, há incômodo com o fato de que, apesar da queda da taxa básica de juro (Selic) desde agosto do ano passado, alguns spreads aumentaram expressivamente nesse período.

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Entre essas linhas que sofreram com aumento das margens está o financiamento de loja – diretamente ligado ao consumo de eletrodomésticos e têxteis, por exemplo -, que apresentou elevação nos últimos meses de 2011. A piora da inadimplência nessas operações é a explicação dos bancos para o movimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.