Governo prevê superávit de US$ 22 bilhões

Brasília

– O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que a balança comercial deve fechar o ano com superávit de US$ 22 bilhões. Segundo ele, isso vai ocorrer porque o comércio exterior brasileiro tem obtido um bom desempenho em 2003 e porque as exportações devem encerrar o período com um valor de US$ 69 bilhões, contra US$ 60 bilhões registrados em 2002.

Ao comentar a balança comercial de setembro, que teve superávit de US$ 2,6 bilhões, com exportações de US$ 7,2 bilhões e importações de US$ 4,6 bilhões, Furlan disse que o desempenho do mês surpreendeu positivamente e que pode ter sido resultado do fim da greve dos funcionários da Receita Federal nas aduanas, que provocou um reprezamento das exportações e importações em agosto.

O ministro chamou atenção para o fato de as exportações de produtos manufaturados terem crescido muito em setembro. O valor chegou a US$ 3,8 bilhões e foi um recorde histórico mensal, superando as vendas de US$ 3,3 bilhões registradas em outubro de 2002. Segundo Furlan, o bom desempenho das vendas de produtos manufaturados pode ser explicado pelo trabalho de promoção comercial que vem sendo feito pelo governo e pelas próprias empresas e também pelo reaquecimento da indústria nacional.

Em relação a setembro de 2002, as vendas de produtos manufaturados cresceram 21,6%. Entre esses itens estão: fio-máquina de ferro e aço; veículos de carga; gasolina; automóveis; laminados planos; autopeças; madeira compensada; móveis; bombas e compressores; suco de laranja; calçados e pneumáticos. Do lado das importações também houve um crescimento em setembro. As compras de matérias-primas e bens intermediários subiram 16,8%, enquanto as de bens de consumo subiram 14,2%.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o crescimento das exportações indica a expectativa de reaquecimento da economia até o fim do ano. O ministro disse ainda que o governo espera que a balança comercial consiga obter crescimento médio entre 10% e 15% por ano nas exportações no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

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