O governo pode rever as condições para oferta de áreas de exploração e produção de gás e óleo na 13ª rodada de concessões, prevista para ocorrer até o final do ano, para garantir um resultado mais “robusto”. O secretário de petróleo e gás natural do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antonio Almeida, avalia que os valores do bônus mínimo de assinatura podem ser revistos diante do atual cenário de baixos preços do petróleo.

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“Poderíamos até fazer agora, mas o cenário de preço baixo nos fez repensar a rodada e o valor dos bônus”, afirmou o secretário após participar de seminário na sede da Firjan, no Rio. Almeida destacou que a queda petróleo para cerca de US$ 50 dólares o barril na cotação internacional afeta a capacidade de investimento da indústria.

Na avaliação do governo, também pesariam sobre o resultado do leilão fatores como os efeitos da Operação Lava Jato sobre a capacidade da indústria e a atual política de conteúdo local, que não deve ser revista.

“O valor do bônus mínimo talvez caía, o efetivo não. A indústria não trabalha em função do preço conjuntural, mas se o preço estiver baixo a geração de caixa é menor e as empresas têm menos disponibilidade para aplicar, ela fica mais conservadora”, avaliou o secretário.

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Segundo ele, a possibilidade de as áreas ofertadas serem revistas é mínima. A previsão é que o ministério divulgue nos próximos dois meses as áreas que serão leiloadas. Almeida confirmou a oferta de áreas onshore e offshore na margem leste.