Governo não vai ampliar subsídio ao gás

O governo não deverá ampliar até setembro os subsídios ao gás de cozinha para forçar uma queda nos preços do produto, segundo o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Tavares Araujo Junior. Apesar de ponderar que a afirmação era uma opinião pessoal, o secretário admitiu que ela teria o apoio do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff.

Setembro é o prazo, segundo ele, para que entrem em vigor as medidas “para correção estrutural e reguladora” que deverão estimular uma maior eficiência na distribuição e revenda do GLP e permitir condições de mercado mais competitivas. Essas medidas estão sendo finalizadas pelo governo e a ANP (Agência Nacional do Petróleo) e devem entrar em consulta pública ainda nesta semana.

Até lá, uma queda nos preços do produto dependeria de uma redução significativa da cotação do petróleo no mercado internacional, segundo o secretário que defende uma redução gradual, de forma sustentável e no longo prazo. “O esforço que a gente vem fazendo nesse setor não é de promover mudanças artificiais e de curto prazo”, disse.

Para José Tavares, a discussão sobre a necessidade de novos subsídios para o gás de cozinha além do atual vale-gás só deverá ser iniciada depois de uma avaliação do impacto da flexibilização do mercado e da eventual punição de práticas anticompetitivas.

Segundo o secretário, até agosto, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deverá julgar cerca dez processos de cartéis de GLP e outros 20 de combustíveis.

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