O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, disse nesta terça-feira, 8, que o governo tem seguido uma política contundente para o mercado de resseguros no País, num esforço de atrair grandes corporações do setor. “Temos tomado uma série de medidas para atrair grandes resseguradoras para o Brasil. E eles estão atuando efetivamente, estão trazendo empreendimento, estão contratando pessoas no Brasil”, afirmou durante sua participação da abertura do 3º Encontro de Resseguro, realizado no Rio de Janeiro.

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Oliveira ressaltou que o setor de resseguros deve ter um ano melhor em 2014 em relação a 2013. Falou que o segmento sofreu um pouco com alta da taxa de juros, que reduziu a rentabilidade da renda fixa. “Tivemos em 2013 uma rentabilidade um pouco abaixo do que era desejo de alguns gestores”, disse o secretário, afirmando, porém, que o ano de 2014 não acena para isso. “Ao menos no lado financeiro parece que não haverá perdas que algumas carteiras enfrentaram no ano passado”, completou.

O secretário declarou que o crescimento do investimento, da renda e do mercado imobiliário são as bases para que o setor de resseguros continue crescendo. “Me parece que 2014 será um ano de recomposição da rentabilidade do setor”, previu.

‘Dicotomia’

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Oliveira aproveitou o evento para defender os resultados da atividade econômica. Disse que há uma dicotomia entre os dados da atividade econômica e as expectativas em relação ao cenário econômico. Ele citou que as vendas nos varejo vêm crescendo, assim como a produção da indústria em geral e a fabricação de bens de capital. Por outro lado, disse, tanto a inadimplência quanto as taxas de juros de longo prazo vêm caindo. “Há uma dicotomia entre dados e expectativas. Os dados continuam vindo positivos”, apontou. “É fato de que há um excesso de pessimismo em várias análises”, acrescentou.

O secretário da Fazenda disse ainda que os dados gerais da economia brasileira são satisfatórios. “Vemos nas últimas semanas o dólar se desvalorizando, a inflação se mantendo controlada”, declarou. “Tivemos em 2013 mais que o dobro do crescimento de 2012, com o mesmo nível de inflação. Então é um resultado que deveria ser comemorado, e não criticado como aconteceu”, avaliou.

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No entanto, Oliveira reconheceu que as condições do ciclo de crescimento de 2002 a 2012 não devem se repetir. Renda, consumo, crédito e comércio internacional não devem ter expansão num ritmo tão elevado, avaliou. O próximo ciclo de crescimento, disse, será baseado no crescimento da infraestrutura e do investimento na capacidade produtiva. E dependerá do crescimento da produtividade. Mas não haverá ruptura, a transição será gradual, afirmou. “Ele (o novo ciclo de crescimento) será baseado no crescimento da infraestrutura e do investimento na capacidade produtiva e dependerá do crescimento da produtividade”, contou.