Brasília – Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para as próximas terça e quarta-feiras, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, diz que governo está preocupado em evitar uma iminente recessão e que, por isso, a redução da taxa básica de juros, a Selic, é consenso na equipe econômica. Para alcançar crescimento de 2% este ano e fazer com que a economia ganhe impulso no próximo, o ministro sugere um segundo semestre marcado pela expressiva folga nos juros. “O que vai acontecer com a taxa de juros de agora até o fim do ano? Vai voltar para 18% como era a de agosto do ano passado?”, indaga Furlan. “Por que não?”, responde. O ministro comentou que os dados de deflação anunciados anteontem pela Fipe se somam aos argumentos favoráveis à redução consistente da Selic. “Do lado do governo, há uma certa preocupação de que não deixemos o país entrar em recessão”, alerta. O ministro não apostou em quanto será a queda da Selic na proxima reunião do Copom, mas afirmou que até o fim deste ano e começo do próximo, há espaço para a redução de pelo menos dez pontos percentuais.

continua após a publicidade

continua após a publicidade