O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, comemorou nesta quarta-feira, 23, o resultado positivo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em 2018 e reforçou que o novo governo pretende aprofundar a reforma trabalhista neste ano.

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“O governo atual vai acentuar as conquistas estabelecidas com a reforma trabalhista e retirar mais trabalhadores da informalidade. Acreditamos que há necessidade de retirarmos ainda mais a tutela do Estado na relação entre empregadores e empregados”, afirmou o secretário. “O modelo tradicional de emprego com carteira assinado precisa ser apoiado, mas precisamos olhar novas modalidades de emprego já adotadas pela sociedade, como os trabalhadores por aplicativos”, detalhou.

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O mercado de trabalho brasileiro criou 529.554 empregos com carteira assinada em 2018, de acordo com dados divulgados nesta quarta pelo Ministério da Economia. O primeiro resultado positivo anual depois de três anos de retração no emprego também foi o melhor desempenho desde 2013, quando foram gerados 1,138 milhão empregos na série com ajustes.

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“O Caged positivo em 2018 marca uma inflexão da trajetória do emprego formal no País. Esse foi o primeiro resultado positivo desde 2014, e isso mostra que os equívocos da política econômica nos últimos anos ficaram claros. O período entre 2012 e 2017 é para ser esquecido na história do País, esses erros não podem se repetir no futuro”, completou Marinho.

Para o secretário, se não houvesse acontecido a greve dos greve dos caminhoneiros no primeiro semestre do ano passado, o resultado do Caged de 2018 seria melhor. “Esperamos que o saldo de empregos em 2019 seja ainda melhor que o de 2018”, concluiu, sem estimar uma projeção para este ano.

Simplificação

O secretário de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, disse que o atual governo trabalha pela simplificação das estruturas tributárias e trabalhistas, com o objetivo de combater a informalidade no mercado de trabalho.

“Um nível de 40% de informalidade não pode ser atacado com uma iniciativa apenas, e não é causada somente pela falta de fiscalização. Essa informalidade está relacionada também com as estruturas tributária e trabalhista que precisam ser simplificadas, para que não haja essa diferença tão grande de custos entre o emprego formal e informal”, comentou ele, sem entrar em detalhes sobre as medidas que o governo pretende adotar.