Governador faz críticas aos lucros estratosféricos

?Estamos vivendo em um país onde o lucro dos bancos é estratosférico. O juro brasileiro é o mais alto do mundo e, se fosse reduzido hoje pela metade, continuaria sendo o mais elevado do planeta.? Afirmação feita pelo governador Roberto Requião ao participar, ontem, de almoço em homenagem ao presidente do Rotary Internacional, Carl-Wilhelm Stenhammar, da Suécia. O rotariano, que assumiu a presidência há dois meses, está na cidade a convite do governador do distrito 4730, Jaroslaw Hrebinnik, que compreende a região Centro-Oeste e Sul do Paraná.

O governador disse que sente falta da solidariedade rotariana no processo político brasileiro. E continuou: o segundo maior juro do mundo, que é o da Turquia, é pouco mais de 1/3 do juro estabelecido pelo Banco Central brasileiro. ?Estamos vivendo num país em que o juro pago pelo governo em 15 dias é igual a toda a despesa do governo federal com educação em um ano?, comparou.

Para Requião, o País está vivendo um período muito triste de concentração de todos os recursos nacionais para o pagamento de dívidas, num momento em que o investimento não significa mais do que 5% do que o governo federal arrecada. ?Daí a necessidade de um país como o nosso pensar um pouco a política sobre os princípios de visão comunitária e de solidariedade de um clube como a do Rotary Internacional?, afirmou.

Rotarianos

O governador do distrito 4730 agradeceu a presença do governador e falou da importância da visita do presidente do Rotary ao País e a Curitiba. De acordo com ele, no País, existem mais de 50 mil rotarianos e rotarianas, distribuídos por 2.316 clubes e 38 distritos.

Para o presidente do Rotary Internacional, o seu objetivo é expandir o trabalho do rotariano a mais três países do mundo: China, Cuba e Chipre. ?Não podemos deixar 25% da população do mundo fora dos ideais do Rotary?, declarou ele, que já visitou estes lugares em busca de novos parceiros.

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