GM lança novo plano de demissões voluntárias

São Paulo – Menos de três semanas após ter encerrado um programa de demissões voluntárias (PDV), a General Motors voltou ontem a oferecer vantagens para o desligamento de funcionários das fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos. A empresa não divulga o número de adesões pretendido mas pode chegar a 800 pessoas, segundo os sindicatos dos metalúrgicos das duas cidades. As fábricas empregam, juntas, cerca de 16 mil trabalhadores.

A queda nas vendas de veículos é o motivo apontado pela empresa para reduzir o quadro de pessoal, depois de ter adotado férias coletivas. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, disse que, inicialmente, a GM pretendia promover cortes aleatórios. Segundo ele, após protestos realizados pelos funcionários ontem, a montadora optou pelo PDV e ofereceu salários extras para quem se inscrever.

A empresa não comentou o assunto. No programa anterior, a GM obteve adesão de apenas 25 funcionários em São Caetano e de 78 em São José, segundo os sindicalistas.

A Volkswagen também abriu PDV na fábrica de São Bernardo do Campo na semana passada, e não tem meta a ser atingida. É o segundo programa de saídas voluntárias adotado neste ano.

As vendas de carros caíram 8,2% no primeiro semestre e a maioria das montadoras concedeu férias coletivas ou reduziu a jornada de trabalho. Também alegando queda nas vendas, a fabricante de autopeças TCA, de Ponta Grossa (PR), encerrou atividades neste fim de semana e demitiu seus 190 funcionários. A principal cliente da empresa era a Renault, que passa a receber fios, cabos, condutores elétricos e chicotes da Delphi, de Minas Gerais.

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