GM fará 600 demissões

São Paulo – Duas empresas do Vale do Paraíba estão recorrendo a demissões em massa para contornar a retração do mercado. Em Pindamonhangaba, a Confab, fabricante de tubos e equipamentos industriais, demitiu 210 pessoas nos últimos dois dias, sendo 120 da produção de equipamentos e 90 trabalhadores da unidade de tubos.

Segundo o gerente de Recursos Humanos, Hércules Peres, as demissões representam 7,7% do quadro de funcionários, que soma 2.700 pessoas. “Os ajustes foram feitos pela retração do mercado”, confirmou. A empresa tem como principais clientes montadoras de veículos e indústrias de petróleo e papel e celulose. O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba informou que vai realizar protestos em frente à fábrica a partir de hoje. “A empresa não deu satisfação nenhuma ao sindicato e é possível que mais gente seja mandada embora”, afirmou o presidente da entidade Sérgio Ivan Marchetti. A direção da Confab nega que novas demissões ocorram nos próximos dias. “Já fizemos o ajuste de uma vez”.

Em São José dos Campos, a General Motors anunciou que deve demitir cerca de 600 metalúrgicos caso não haja adesões ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) aberto no início da semana. Em menos de um mês a empresa abriu por duas vezes o PDV. No primeiro, apenas 78 trabalhadores aderiram ao plano. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Luiz Carlos Prates, a empresa confirmou as possíveis demissões em reunião realizada na tarde de ontem. Prates disse que o sindicato realizou a reunião para tentar alternativas que evitem demissões, porém “não houve acordo”. “As empresas estão aproveitando a crise para demitir e reduzir os custos”.

O Sindicato tenta reverter a situação e se reúne na ontem com a direçao da GM. Hoje, duas assembléias vão definir se a produção na fábrica de São José dos Campos será paralisada por um período de até 4 horas.

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