O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta segunda-feira (17) que o impacto dos empréstimos de R$ 4 bilhões do Banco do Brasil e de mais R$ 4 bilhões do governo do Estado de São Paulo para as montadoras deverá ser mensurado daqui a três ou quatro semanas. No caso específico da GM do Brasil, o ministro disse que a unidade da montadora no País é uma das mais lucrativas no mundo e acredita que ela não será afetada pela crise. “Eu acho que nem vai fechar unidade e nem vai desempregar”, afirmou. Segundo ele, a empresa não procurou o governo em busca de ajuda ou empréstimo

continua após a publicidade

Miguel Jorge reagiu com tranqüilidade aos anúncios de férias coletivas realizados nas últimas semanas por algumas montadoras. “Férias coletivas são uma saída bastante razoável para que a indústria ajuste sua produção”, disse, durante a 1ª Conferência Internacional sobre Biocombustíveis. Ele avalia que os empregos nas montadoras serão mantidos. “As férias coletivas sempre foram usadas pela indústria e não devem ser consideradas indício de que a crise está afetando demais a gente”, destacou, chamando atenção para a alta produtividade da indústria nos últimos anos.

Segundo ele, as montadoras não devem cortar investimentos no País. Ele citou o caso de uma montadora, cujo nome não quis especificar, que teria procurado o governo em busca de um empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para poder dobrar a produção. De acordo como o ministro, esse foi apenas um primeiro contato. Miguel Jorge salientou a disposição do governo em avaliar o projeto.

continua após a publicidade