Gasolina e dólar mais baixos seguram IGPM

Rio

– A valorização do real e a redução nos preços dos combustíveis levaram a primeira prévia de maio do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) a atingir 0,01%, a menor desde fevereiro de 2002, quando a taxa foi de -0,16%. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Salomão Quadros, o resultado já estava sendo esperado e, se persistir esta trajetória, maio pode apresentar deflação. “Isto é plausível”, adiantou.

Tanto o câmbio quanto os combustíveis têm influência direta nos preços no atacado e chegam, como efeito subseqüente, também ao varejo. Este ano, pela primeira vez, os gêneros alimentícios apresentaram deflação, embora ainda de forma bastante tímida (-0,02), no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) responsável por 30% do cálculo do IGP-M.

Quadros declarou que os dois fatores foram decisivos para o recuo do Índice de Preços por Atacado (IPA). Esse indicador, com maior peso no cálculo do IGPM, caiu 0,3% em maio. Para o mercado, o resultado da primeira prévia de maio foi surpresa. Segundo apurou a Agência Estado, as previsões dos analistas variavam de 0,08% a 0,30%. No mês passado o IGP-M teve alta de 0,92%.

Segundo análise dos técnicos da FGV, tudo indica que os preços do atacado continuarão caindo, devido ao maior impacto da redução nos preços de combustíveis, que entrou em vigor em 1.º de maio. O período de coleta de preços da primeira prévia de maio do IGP-M foi de 21 a 30 de abril. “Vai aparecer mais influência da redução de preços dos combustíveis, tanto no varejo quanto no atacado”, afirmou Quadros.

No atacado, os produtos agrícolas apresentaram queda de 1,39% na primeira prévia de maio. Na prévia de abril a queda era de 0,38%. Ainda no atacado, os produtos industriais apresentam pequena elevação de 0,11%. Na prévia anterior, estavam em alta de 0,98%.

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