Gasolina deve subir de novo

Se o preço do petróleo permanecer em patamares significativamente altos e o álcool anidro seguir a tendência de recuperação nos preços, a gasolina vendida no Brasil deverá sofrer reajustes no curto prazo. A avaliação consta em relatório da Global Invest.

O comportamento do preço do petróleo no mercado internacional, de acordo com análise, pode pressionar o custo da gasolina devido ao fato de aproximadamente 20% da gasolina refinada no Brasil ter origem em petróleo importado.

A outra fonte da pressão seria o preço do álcool anidro, o qual compõe 25% da gasolina nacional. A Global Invest lembra que, apesar de as importações de petróleo virem caindo nos últimos anos, as exportações vem crescendo, o que mantém um déficit elevado.

Dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex) mostram que as importações de petróleo vêm diminuindo anualmente desde 2001. Por outro lado, as exportações do produto aumentaram 493% de 2000 a 2001, mais 112% em 2002 e mais 3% em 2003. Assim, em 2003, houve um déficit de 6.355.257 m3 de petróleo. Em 2000, esse número era de 22.024.729 m3.

Além disso, a Global Invest destaca que o preço médio do petróleo importado é maior do que o preço médio do petróleo pelo fato de, normalmente, o Brasil importar petróleo de qualidade superior ao do produto exportado.

Assim, considerando o nível de importação de petróleo do Brasil, a abrupta alta nos preços da commodity no mercado mundial acabará afetando o preço interno da gasolina.

A Global Invest destaca ainda que a projeção para o mercado de petróleo no curto prazo não é nada animadora. O principal problema vem dos Estados Unidos, que se encontra com baixos estoques de gasolina. Com a aproximação do verão nos EUA, a preocupação aumenta, já que o período de férias é acima de outros períodos do ano. As tensões no Iraque são mais um fator que pode influenciar os preços do petróleo. O único fator que pode ter algum impacto sobre os preços é o desaquecimento da economia chinesa.

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