O Procon/PR encontrou indícios de adulteração de gasolina em um posto de Curitiba, durante blitz realizada ontem à tarde com o objetivo de verificar a qualidade dos combustíveis vendidos na cidade. Num estabelecimento de bandeira branca, o índice de octanagem na gasolina comum era de 113%, enquanto o permitido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) é 87%. A amostra coletada pelos fiscais será encaminhada ao laboratório da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que mantém convênio com a ANP e o Procon/PR para analisar a composição dos combustíveis.
Somente após o resultado dessa análise, que é mais detalhada que o equipamento usado pelo Procon/PR, será possível comprovar se houve adulteração. Nesse caso, o posto será multado. A fiscalização foi realizada após denúncia recebida pelo órgão de defesa do consumidor na semana passada. “Uma senhora me ligou, contando que o carro parou assim que saiu desse posto e teve que ser guinchado”, relatou o coordenador do Procon/PR, Algaci Túlio. Segundo o dono do posto, Laurindo Fagundes Gouveia, “pode ser um problema da distribuidora, mas até agora não tive problemas com clientes”.
Com o computador instalado no furgão do Procon/PR, os fiscais também mediram o teor de álcool. Apesar da redução de 25% para 20% de álcool anidro na gasolina, válida desde o último sábado, todos os postos visitados ontem ainda tinham percentuais acima de 20%, variando de 22% a 27%. “Vamos dar dez dias para os postos esgotarem os estoques com a mistura antiga”, explicou Túlio.
Preços
Por causa da elevação do álcool anidro, a gasolina subiu entre 4,7% e 5,2% em Curitiba no sábado, cerca de R$ 0,10 por litro. Custando de R$ 2,02 a R$ 2,06 aos postos, é vendida entre R$ 2,23 a R$ 2,39. A surpresa foi o álcool, que encareceu 13,8% (R$ 0,17 por litro). Com o custo variando de R$ 1,41 a R$ 1,49 nas distribuidoras, chega a custar R$ 1,59 na bomba. Como o álcool anidro subiu mais 4%, o setor de combustíveis não descarta nova elevação dos preços da gasolina e álcool nessa semana.