Futuro da UEG será avaliado por técnicos

O governador Roberto Requião e o presidente da Copel, Paulo Pimentel receberam ontem, na sede da estatal, uma comitiva norte-americana formada por diretores técnicos da Calpine Corporation, uma das principais empresas de energia elétrica dos Estados Unidos, que trabalha com a maior parte de sua potência em usinas térmicas a gás natural. A comitiva, composta pelos diretores da Calpine, Peter Sobieski e Marc Van Patten, o gerente geral Jim Bagley e o gerente comercial Christopher Jones, visita hoje a Usina Elétrica a Gás de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

Após a visita na termoelétrica, a comitiva se reúne com os técnicos da área operacional da Copel para expor as impressões a respeito do projeto desenvolvido no Paraná. Segundo Paulo Pimentel, a visita da comitiva será essencial para decidir o futuro da usina em Araucária. “Será de vital importância uma avaliação dos norte-americanos, que no mundo, são os profissionais que mais entendem de gás natural.” Requião disse que a solução para a situação da UEG será anunciada em quinze dias.

A usina de Araucária, com 469 mW (megawatts) de potência, apresenta pendências de ordem técnica e de segurança que impedem seu funcionamento. Apesar de inaugurada há mais de um ano, a usina não gerou até hoje um quilowatt-hora. No governo passado a solução para colocar a usina principal em funcionamento foi a construção de uma outra usina, que teria a função de tratar o combustível. As duas obras custaram R$ 360 milhões. Recentemente a empresa fabricante das turbinas da segunda usina emitiu um laudo dizendo que a sua construção era desnecessária.

Para o diretor da Calpine, Marc Van Patten, a solução para a UEG parece ser simples e requer apenas algumas modificações técnicas, de baixo custo. “Pelos dados que recebemos do governo do Paraná, será necessário apenas mudar as faixas de operação do sistema para que ele opere na mesma faixa da Copel”, disse.

“Nossa principal produção de energia se encontra em usinas hidrelétricas, há poucas usinas que trabalham com gás natural, então é preciso tomar as decisões certas e contar com as opiniões de quem entende, para que num futuro próximo, possamos utilizar e saber crescer com essas novas energias. Tudo vai depender da avaliação da comitiva”, frisou Requião.

Com sede na cidade de San Jose, na Califórnia, a empresa norte-americana opera a maior rede de usinas geradoras a gás natural do mundo, com 70 centrais instaladas em 22 estados norte-americanos. Somadas, essas usinas totalizam potência instalada de 22 mil megawatts – cinco vezes a potência de geração da Copel.

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