A Federação Única dos Petroleiros (FUP) denunciou nesta sexta-feira,11, que a indicação do capitão-tenente da reserva da Marinha e funcionário da Petrobras há anos, Carlo Victor Guerra Nagem, amigo do presidente Jair Bolsonaro, para a gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa fere o Plano de Cargos e Remuneração (PCR) da estatal.

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Segundo os critérios da petroleira, a vaga requer pelo menos 10 anos de experiência gerencial na área em empresa de grande porte nacional ou internacional, o que não seria o caso de Nagem. A gerência para a qual foi indicado é responsável por toda a segurança própria e contratada da Petrobras, respondendo por centenas de contratos em todo o País. Segundo a federação, Bolsonaro nomeou um profissional pleno para um cargo sênior, triplicando o seu salário, que passa a girar em torno dos R$ 50 mil.

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“Após promover o filho do vice Mourão no Banco do Brasil, Jair Bolsonaro gera nova indignação ao interferir a favor da indicação de um ‘amigo particular’ para ocupar a Gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras”, disse a FUP em nota, lembrando que Nagem disputou cargos legislativos pelo Partido Social Cristão (PSC), com apoio do presidente eleito, mas foi derrotado.

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Em sua conta oficial do Twitter, Bolsonaro defendeu nesta sexta-feira a indicação de Nagem, alegando que o amigo tem um currículo com várias atribuições externas que o qualificam para o cargo. Mais tarde, o presidente anunciou também pelo Twitter a indicação de outro militar para a Petrobras, o tenente da reserva Marcelo Dias, que poderá ocupar a gerência de inteligência da petroleira.