Fundos da Caixa apresentam forte recuperação

Desde o dia 15 de agosto – primeiro dia após o anúncio das mais recentes medidas do Banco Central (BC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para os fundos de investimento -, algumas instituições que acumulavam as maiores perdas após a adoção da regra de marcação a mercado, no fim de maio, passaram a registrar os maiores ganhos em suas carteiras. Exemplo disso é a Caixa Econômica Federal (CEF).

Dados do site Fortuna mostram que no dia 31 de maio os fundos de renda prefixada da Caixa acumulavam perda de 3,15%, enquanto os referenciados DI (pós-fixados) perdiam 3,52%. O mesmo levantamento mostra que, no período de 15 a 26 de agosto, a instituição está entre as primeiras no ranking de rentabilidade. O ganho para essas carteiras é de 0,78% e 0,75%, respectivamente.

O diretor da Caixa, Wilson Risolia, explica que a recuperação dos fundos foi motivada por uma política mais conservadora na forma de gestão das carteiras. Segundo ele, isso foi possível graças ao maior volume de negócios no mercado de títulos públicos, resultado das medidas do BC. ?Com os leilões de troca, encurtamos o prazo dos papéis que compõem as carteiras dos fundos de renda fixa, diminuindo a oscilação das cotas. Além disso, com o BC recomprando os papéis de prazo mais longo, o preço de mercado dos papéis parou de cair e as cotas passaram a registrar forte valorização?, afirma Risolia.

O diretor da Caixa informa que, apesar da flexibilização na forma de contabilização dos títulos com vencimento inferior a 365 dias e mantidos em carteira até o vencimento, a instituição manterá a marcação a mercado também para esses papéis. Segundo ele, não seria justo tratar ganhos e perdas de maneira diferenciada. ?Se a marcação a mercado foi usada para contabilizar a queda no valor dos títulos pós-fixados (as LFTs, Letras Financeiras do Tesouro), também a recuperação deve ser ?precificada? dessa forma?, diz o diretor da CEF.

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