Os empregados da rede Drogamed começaram a assinar ontem as rescisões contratuais com a empresa. No Sindicato dos Farmacêuticos (Sindifar), eram esperadas pelo menos 40 pessoas somente ontem para a assinatura. Embora a Drogamed ainda não tenha previsão de quando deve fazer os acertos com os empregados, a administração da massa falida da empresa já teria pedido autorização judicial para proceder à venda dos bens.
As rescisões contratuais são necessárias para que os empregados dêem baixa nas carteiras de trabalho e, assim, possam resgatar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), dar entrada no seguro-desemprego e procurar outro trabalho. A expectativa do Sindifar é negociar o pagamento dos salários de abril e o acerto das verbas rescisórias numa segunda etapa, após todos os contratos de trabalho serem rescindidos, o que deve ser concluído na semana que vem.
?Mas a boa notícia é que o administrador da massa falida já pleiteou na Justiça a alienação cautelar das lojas?, afirma a advogada do Sindifar, Andréa Canisso. Se o juiz autorizar, isso significa que os bens poderão ser vendidos. ?E o dinheiro deve ser usado para pagar os créditos trabalhistas?, aguarda. Fontes do mercado justificam que, além das obrigações trabalhistas, a pressa em vender os bens está relacionada à data de validade dos medicamentos. A possível compra da marca também está no campo das especulações, mas, até agora, ninguém confirma se existem propostas e nem de quem partiriam.
A reportagem tentou contatar o advogado da Drogamed, Arno Jung, para comentar o assunto, mas não houve retorno. Da parte dos demais funcionários, quem está cuidando das rescisões é o Sindicato dos Empregados no Comércio de Curitiba. Os papéis começam a ser assinados hoje e a expectativa é que o processo também seja finalizado na semana que vem. No total, a rede empregava 750 pessoas.
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