Fumicultores querem ações para inibir a falsificação

O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Hainsi Gralow, disse ontem, em Curitiba, que a entidade está propondo diversas ações para inibir a falsificação e comércio ilegal de cigarros, o que traz muito prejuízo para a cadeia de produção. De acordo com ele, são necessários mais recursos para uma intensa fiscalização, um sistema nacional de combate ao comércio ilegal, a transformação dos municípios como agentes fiscalizadores, um maior acompanhamento por parte do Ministério do Trabalho nas empresas e uma legislação que acabe com as liminares que autorizam as empresas de produtos ilegais continuarem trabalhando.

Gralow esteve participando, na capital paranaense, de reunião da Câmara Setorial do Fumo. “Além disso, precisamos de fiscalizações e estudos intensificados em Foz do Iguaçu (porta de entrada no Brasil para muitos produtos falsificados no Paraguai, inclusive o cigarro)”, comenta Gralow.

O setor está vivenciando uma negociação que se arrasta desde o final do ano passado, para estabelecer o preço do produto. Tanto indústria de tabaco quanto produtores não encontram equilíbrio nas propostas e ainda não fecharam acordo para a safra deste ano. Segundo Gralow, os preços mínimos estão fixados pela indústria. “Esperamos que ainda este ano a gente resolva isso porque o agricultor espera alguma vantagem”, explica.

Estratégico

De acordo com dados do Ministério da Agricultura, a indústria do fumo é um setor estratégico no País, pois gera 2,4 milhões de empregos – da lavoura à indústria – e movimentou, em 2003, R$ 13 bilhões. A expectativa para a safra 2003/2004 gira em torno de 850 mil toneladas e 85% disso será destinado à exportação.

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