Frete rodoviário vai ficar 17,85% mais caro

São Paulo

– O frete rodoviário deverá ficar até 17,85% mais caro, no transporte de cargas em longas distâncias (a partir de 2.400 quilômetros), segundo a Associação Nacional de Transporte de Cargas (NTC), entidade que representa 40 mil transportadoras. O reajuste, que pode influenciar os índices de inflação, se refere aos aumentos de custos verificados desde novembro do ano passado – em especial a alta do preço do óleo diesel, que foi de 43,15% no período. O presidente da NTC, Geraldo Vianna, alerta para a necessidade de repasses ainda maiores caso os rumores de guerra no Golfo continuem a pressionar os preços dos derivados de petróleo.

“A defasagem dos fretes já está acima da margem de lucro do setor e só é absorvida às custas da paralisação de investimentos em modernização de frota”, explica Vianna, acrescentando que os repasses de custos devem ocorrer gradualmente, durante as renovações de contratos de frete, mas terão de ser antecipados caso o preço do combustível entre em trajetória de alta.

As necessidades de elevação nos preços de fretes foram calculadas a partir das planilhas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da USP e apontam altas de mais de 24% no custo variável dos caminhões. Os números da entidade revelam a necessidade de repasses a partir de 13,6% para os fretes de cargas completas em distâncias curtas (até 400 quilômetros).

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