Frete eleva o preço da gasolina a até R$ 2,19 no litoral

Curitibanos que passam férias no litoral do Estado estão assustados com o preço cobrado pela gasolina nos postos localizados nas praias. Enquanto na capital o combustível pode ser encontrado por R$ 2,04, em Guaratuba, Matinhos e Pontal do Paraná geralmente custa entre R$ 2,15 e R$ 2,19.

Sabendo da diferença, o bancário Waldemir Pelisson desceu a Serra do Mar já com o tanque cheio. No litoral, se mostrou assustado com os preços. “É um absurdo o que estão cobrando pela gasolina aqui nas praias, está muito caro”, reclama. “Quem usa muito o carro acaba gastando mais do que o previsto.”

Com o tanque quase vazio, o aposentado Juvenal Alves teve que abastecer o carro antes de voltar a Curitiba. Para evitar gastos desnecessários, ele só pôs a quantidade de combustível suficiente para conseguir chegar ao seu destino. “Aqui no litoral estou tentando só gastar o extremamente necessário com combustível. Espero chegar na capital e encontrar preços mais baixos.”

O aposentado Rubens Alves também sentiu a diferença. Segundo ele, junto com o aumento do pedágio e do valor dos alimentos, o aumento do valor da gasolina contribui para que o custo de vida no litoral aumente consideravelmente. “Hoje, passar o verão no litoral é muito mais caro do que antigamente. Quem quer ficar na praia acaba tendo que mexer bastante no bolso.”

Postos

Os responsáveis por postos de gasolina localizados nas praias dizem que a diferença entre os valores encontrados em Curitiba e os em vigor no litoral se dá devido aos altos preços de frete e pedágio para levar o combustível até o litoral. “O preço do frete e do pedágio acabam sendo repassados aos consumidores. Se baixássemos o preço da gasolina não teríamos como arcar com as despesas do posto”, diz o gerente do Posto Praia Mansa, em Matinhos, Alexandre Hélio Fonseca.

Já o gerente do Posto Miramar, também em Matinhos, Ari Alves, alega que se passasse a vender sua gasolina pelo mesmo preço aplicado em Curitiba não teria como pagar seus funcionários. “Não tenho como baixar o preço. Na capital, os gastos com transporte não são tão grandes e a gasolina pode ser vendida por um preço um pouco mais baixo. Infelizmente, não temos como não repassar os gastos aos clientes.”

Voltar ao topo