França quer importar soja convencional por Paranaguá

Assim como o Paraná, a região da Bretanha, na França, está em campanha para tornar-se área livre de transgênicos. Para isso, na próxima segunda-feira (30), a vice-governadora da região, Pascale Loget, estará no Paraná para conhecer todo o processo de produção da soja paranaense, do plantio ao embarque para exportação no Porto de Paranaguá. Além disso, será realizado um seminário com agricultores de todo o Estado para apresentar a proposta francesa de compra da produção e expor as vantagens de optar pela soja convencional.

Pascale irá ao Porto de Paranaguá conhecer o processo de fiscalização e certificação da soja realizado pelo governo do Paraná. Nos dias 31 de agosto e 1.º de setembro, a delegação francesa irá a Ponta Grossa, no silo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e também para Francisco Beltrão, sudoeste do Estado, visitar produtores de soja convencional. O Centro Paranaense de Agroecologia, implantado em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, também está no roteiro da vice-governadora.

Na primeira parte do seminário, que ocorrerá na segunda-feira (30) no Museu Oscar Niemeyer, Pascale irá expor aos agricultores os motivos da Bretanha querer comprar a soja convencional produzida no Paraná. Segundo Ventura Barbeiro, engenheiro-agrônomo da Campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, a região é a maior criadora de porcos e frangos da França e a soja paranaense seria transformada em ração.

Ainda na primeira parte do seminário, o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, e o secretário do Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida, retificarão a posição do governo do Paraná contra o plantio e comercialização da soja transgênica.

Greenpeace

Na tarde de segunda-feira, será a vez do Greenpeace falar aos agricultores paranaenses. Segundo o ativista Marcelo Furtado, serão mostrados dados técnicos sobre os organismos geneticamente modificados, tendências do mercado internacional e vantagens da produção convencional.

Além do Greenpeace, técnicos do Departamento de Estudos Sócio-Econômicos Rurais participarão da segunda parte do seminário. O Deser é uma organização não-governamental fundada por diversos sindicatos de trabalhadores rurais, movimentos populares do campo, associações de produtores, pastorais ligadas às igrejas e entidades de assessoria dos três estados da região Sul do Brasil.

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