Fraga tenta garantir linhas de crédito comercial

A viagem do presidente do Banco Central (EUA), Armínio Fraga, esta semana aos Estados Unidos pode trazer um alívio para produtores brasileiros que enfrentam dificuldades para renovar linhas de crédito comercial. A insegurança com relação ao futuro da economia brasileira, aliada à retração do fluxo de recursos internacionais, já afeta essa modalidade de empréstimo, considerada mais segura justamente porque a garantia da operação é a própria mercadoria.

A expectativa é de que do encontro de Fraga com executivos de grandes bancos que respondem por boa parte dessas linhas, como Citibank e Fleet Boston, possa sair um compromisso formal com a manutenção da oferta de crédito para o Brasil nesse período de transição eleitoral.

O apoio dos bancos privados foi fundamental para empresas brasileiras, no início de 1999, quando o mercado financeiro ?secou? logo após a mudança do regime cambial. Na época, para evitar falta de crédito comercial, as instituições financeiras norte-americanas e européias que tinham linhas com o País se comprometeram em manter o volume dessas operações em cerca de US$ 37 bilhões por alguns meses.

Hoje, Fraga esteve reunido em Nova York com vários executivos da área financeira, entre eles, o presidente do Citigroup, William Rhodes, e o vice-presidente do Fleet Boston, Eugene McQuade, que saíram do encontro se dizendo mais confiantes em relação ao Brasil, após a exposição feita pelo presidente do BC.

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