A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, afirmou nesta segunda-feira que a queda nos preços do petróleo no mercado internacional devem contribuir, de modo geral, para impulsionar a economia global, em especial para os Estados Unidos, que lutam para evitar uma desaceleração da atividade econômica.

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Em evento em Washington, Lagarde explicou que, com preços mais baixos, haverá um maior consumo de combustíveis derivados de petróleo, como a gasolina. Apesar do olhar mais otimista, ela admite que países produtores como Venezuela e Rússia, nos quais a receita com petróleo responde por boa parte do orçamento público, deverão ser impactos de forma negativa.

“Vencedores e perdedores serão afetados, mas ter liquidez de mercado é bom”, disse. No caso da Rússia, a diretora-gerente do FMI declarou que preços mais baixos são um componente a mais para aumentar a “fragilidade e a vulnerabilidade” do país.

Em relação aos EUA, Lagarde afirmou que a expectativa do FMI é que o Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia do mundo avance 3,5% no próximo ano, projeção superior à divulgada em outubro, de 3,1%. Com isso, na sua avaliação, o país já está preparado para reduzir e retirar estímulos monetários. Segundo ela, o aumento da estimativa se deve, principalmente, aos preços mais baixos do petróleo, que, nesta segunda-feira, chegaram ao patamar de US$ 69,00 por barril na Nymex.

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Na semana passada, os membros da Organização dos Países Exportadores (Opep) decidiram não cortar a produção de petróleo. O corte chegou a ser cogitado porque o principal motivo para a queda dos preços é um excesso de oferta da commodity no mercado internacional.

Quanto ao Japão e à zona do euro, Lagarde não nutre o mesmo otimismo. Ela acredita que os europeus devem usar todas as medidas necessárias para estimular a região, que, na sua avaliação, passa um momento crítico que combina baixo crescimento, baixa inflação e alto desemprego. Para os japoneses ela sugeriu uma atuação mais consistente nos compromissos fiscais e nas reformas estruturais, chegando, inclusive, a propor uma abertura maior do mercado de trabalho do Japão para mulheres e imigrantes.

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