Fluxo de veículos em rodovias sobe 1,4% em dezembro

O fluxo de veículos nas rodovias com pedágio no Brasil cresceu 1,4% em dezembro do ano passado, na comparação com novembro, de acordo com dados dessazonalizados divulgados hoje pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). O resultado foi captado pelo Índice ABCR de Atividade, que é produzido em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. Na comparação com dezembro de 2009, o fluxo total de veículos cresceu 9,3% e, no acumulado de 12 meses de 2010, o indicador registrou alta de 7,9% em relação a 2009.

Na abertura por segmentos, o fluxo de veículos pesados aumentou 1,4% em dezembro ante novembro de 2010 e cresceu 10,4% na comparação com dezembro de 2009. Nos últimos 12 meses, o fluxo de veículos pesados apontou alta de 11,4%. Já o fluxo de veículos leves cresceu 1,6% em dezembro ante novembro e aumentou 9,0% na comparação com dezembro de 2009. Nos últimos 12 meses, houve alta de 6,8%.

O Índice ABCR é considerado um importante instrumento para aferição da atividade econômica. O fluxo de veículos pesados tem alta correlação com a produção industrial e agrícola. Se o nível de produção na indústria ou no campo varia para baixo ou para cima, a consequência é logo percebida nas estradas, com o aumento ou a diminuição do tráfego de caminhões. Já o fluxo de veículos leves tem relação com o fator renda: maior ou menor movimento de automóveis é sinal de crescimento, queda ou mesmo estabilidade do nível de renda no País.

“Esse resultado indica um final de 2010 melhor do que o registrado no início do segundo semestre, apontando um início de 2011 também melhor para a produção industrial”, comentou o economista da Tendências Bernardo Wjuniski, referindo-se ao dado sobre o fluxo de veículos pesados. “A melhora da produção industrial contribui para a melhora do desempenho da economia como um todo”, acrescentou. Já a expansão do fluxo de veículos leves, apontou Wjuniski, está em linha com o crescimento da renda, que “levou mais gente a sair de férias em dezembro do que o habitual”.