Firmas de refeição apostam em crescimento

O faturamento das empresas de refeições coletivas ficou entre 30% e 50% abaixo do esperado no ano passado. Mesmo assim, houve um crescimento de 7% nos lucros em relação a 2001, quando o setor movimentou 3,9% bilhões, contra R$ 4,3 bilhões de 2002. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc), Rogério da Costa Vieira, o faturamento esperado para este ano era de 15% maior que 2002. Mas a previsãoé animadora; a alta do faturamento deve chegar a 19% e o mercado deve aumentar em 10%.

Rogério explica que vários fatores colaboraram para as perdas. Entre eles a pressão inflacionaria sobre a alimentação fora do lar que chegou a 25%, contra 12% da inflação oficial. Um dos vilões foi a carne que, segundo Rogério, depois de agosto de 2002 aumentou em 50%. Mas não foi só isto, ele comenta ainda a dificuldade em repassar os custos para os tomadores do serviço devido os contratos, estiagem ou excesso de chuva, desvalorização acentuada do real e reajuste de tarifas públicas, entre outros.

Para evitar perdas maiores os empresários tiveram que negociar alterações no preço das refeições. Outros adotaram políticas para evitar o desperdício como forma de economizar. Rogério explica que do que é recebido por cada refeição entre 50% e 60% pagam a matéria-prima (alimentos em geral) e entre 28% e 32% a mão de obra.

Para aumentar o faturamento em 19%, a associação espera estender seus domínios para praças de alimentação de shoppings, cantinas, eventos esportivos e religiosos, além da comercialização de pratos prontos. Hoje eles fornecem, basicamente, alimentos para empresas, escolas, hospitais, quartéis, presídios e outros órgãos públicos. Ao todo, as 112 empresas, afiliadas da ABERC, detém 90% do mercado e pretendem servir este ano 5,2 milhões de refeições. Ano passado foram contra 4,4 milhões. Além disto esperam repassar no mínimo 7% dos custos para quem contrata o serviço. Hoje cada refeição custa em média R$ 4.20, mas para Rogério, o ideal seria R$ 5,10.

Paraná

O Paraná é o quinto maior mercado deste tipo de refeições do país. Em primeiro está São Paulo e depois o Rio de janeiro. A média de crescimento no ano passado superou a do país (6,8%), chegou em 10%. No estado 500 empresas terceirizaram a alimentação e as cinco maiores prestadoras de serviço são GR, Puras, Exal, Gran Sapore e Risotolândia. Em 2002 elas movimentaram R$ 320 milhões.

Por mês, no país são servidas 120 milhões de refeições. As empresas associadas da ABERC possuem 150 mil postos de trabalho, sendo 10 mil nutricionistas. Elas consome diariamente 2,5 mil toneladas de alimentos e representam para os governos uma receita de mais de R$ 1 bilhão anuais em impostos e outras contribuições. Para melhorar ainda mais o empenho do setor Rogério diz que está incentivando as empresas a se fundirem para ter mais força competitiva.

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