Fipe revisa projeção para IPC de janeiro para 0,62%

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Márcio Nakane voltou a revisar a projeção do índice ao final do mês, só que desta vez para baixo, de 0,85% para 0,62%.

No fechamento de dezembro, ele previa que a inflação na capital paulista encerrasse o primeiro mês do ano em 0,67%, mas a elevou porque, além de uma pressão do grupo Educação, acreditava que os alimentos continuariam em forte alta. "Minha projeção para este mês está muito ioiô", admitiu o coordenador. "Mas o comportamento de alimentação está bem mais favorável do eu imaginava e o grupo Vestuário pode cair com a época das liquidações", considerou

No final do ano passado, Nakane previa que Vestuário subiria 1 2% este mês, depois revisou sua projeção para 0,65%, e agora conta com um deflação de 0,70%. Para se ter uma idéia, na passagem da primeira para a segunda prévia de janeiro, este conjunto de preços já desacelerou de 0,93% para 0,67%. O coordenador acrescentou que na ponta ao consumidor, o grupo acentuou, inclusive, a deflação, passando de -0,46%, na primeira semana deste ano, para -0,63%, na segunda. "As liquidações sazonais podem elevar a deflação deste grupo no final do mês", previu.

O outro grupo que deve apresentar um comportamento mais benéfico do que o imaginado inicialmente, é Alimentação, que deve encerrar janeiro com alta de 1,25% e não em 2%, como esperava o coordenador inicialmente. "Mesmo o subgrupo Produtos In Natura vem apresentando um comportamento mais favorável do que o previsto", comentou. O Grupo Alimentação passou de uma alta de 2 03%, na primeira prévia deste mês, para uma elevação de 1,66%.

Mudanças mais pontuais nas projeções para o final deste mês foram verificadas no grupo Habitação (de 0,12% para 0,09%), Transportes (de 0,40% para 0,30%) e Despesas Pessoais (de 0,80% para 1%).

No caso do grupo Educação, Nakane voltou a aumentar sua projeção. No final de dezembro, era de 0,19%, passou para 3,8% no começo deste ano, e agora subiu para 4,2%. No caso de Saúde, ele continua a prever alta de 0,30%, assim como para o ano, cuja a taxa projetada é de 4%.

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