Fipe prevê inflação zero

São Paulo – A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revisou a projeção para a inflação na cidade de São Paulo em julho de 0,40% para zero. A informação foi dada pelo coordenador-adjunto do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) Juarez Rizzieri, ao comentar a deflação de 0,35% apurada nos preços ao consumidor na segunda quadrissemana de julho – período de 30 dias encerrado no dia 15.

Segundo Rizzieri, o que fez a diferença foi o grupo Vestuário, que saiu de uma alta de 0,50% na quadrissemana anterior para uma taxa negativa de 0,23% no período em análise. De acordo com o economista, a tendência é de que Vestuário aprofunde ainda mais o ritmo de queda até o fechamento do mês.

Ele destacou também seis itens isolados que se juntaram à queda do grupo Vestuário para definir a deflação de 0,35% na quadrissemana em análise. São eles: cigarros (-5,63%), álcool combustível (-13,21%), gasolina (-2,63%), feijão (-12,31%), batata (-18,18%) e tomate (-20,77%). “Esses preços compensaram algumas altas também isoladas e sazonais como viagens e excursões (5,73%), contrato de assistência médica (1,07%), cerveja (2,95%), conta de telefone celular (3,47%) e linha de telefone fixa (4,94%).”

Segundo Rizzieri, daqui para frente, considerando um aumento de 14,3% na tarifa de telefonia fixa, queda de 4% nos preços do cigarro, pedágio subindo 10%, gás canalizado, 16%, e alimentação aprofundando queda, a inflação de julho ficará estável em relação à previsão do coordenador do IPC-Fipe, Heron do Carmo, de 0,40%. Para o ano, a Fipe mantém a previsão de inflação de 8,5%, informou Rizzieri, para quem o Comitê de Política Monetária (Copom) tem espaço para reduzir em, no mínimo 2 pontos porcentuais a taxa básica de juros (Selic). “Mas, pessoalmente, acho que o BC não vai fazer isso. O nível de cautela é tão grande que o corte poderá nem chegar a 2%”, disse.

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