Fipe prevê inflação mais alta em fevereiro

Brasília – A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) reviu para cima as estimativas do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para este mês e o próximo na cidade de São Paulo. A inflação projetada para janeiro passou de 2% para 2,10%. Para fevereiro, a estimativa do custo de vida, que estava até a semana passada em 0,5%, agora gira em torno 1%.

“A estimativa de 0,5% para fevereiro ficou muito comprometida porque só a elevação dos preços dos transportes deverá contaminar o índice do mês que vem e responder por 0,30 ponto porcentual”, observa o coordenador do IPC-Fipe, Heron do Carmo. O economista decidiu revisar as estimativas porque, pela segunda semana consecutiva, o indicador fechou em alta. Na terceira quadrissemana deste mês, o IPC-Fipe atingiu 1,95%, ante 1,79% da quadrissemana anterior.

Mesmo assim, o coordenador do IPC-Fipe mantém, ao menos por enquanto, a previsão de 7% para a inflação deste ano e até considera a possibilidade de que ocorra deflação em março. Isso porque nesse período deverá entrar no mercado a nova safra de grãos. Outro fator levado em conta é a própria retração no consumo, uma vez que entre outubro do ano passado e janeiro deste ano a inflação acumulada será de 8%, o que corrói o poder de compra da população e segura a demanda.

Na análise de Heron, a alta da inflação neste mês e no próximo não interrompe a tendência de queda dos preços a médio prazo. Na terceira quadrissemana deste mês, ele destaca que, exceto o grupo transportes, que subiu uma “barbaridade” (4 06%) por causa do reajuste da passagem de ônibus e da gasolina, e o grupo educação (5,63%), cujo aumento é esperado nesta época por causa do início do ano letivo, os demais grupos, como alimentação, habitação, despesas pessoais, saúde e vestuário, registraram variações de preços menores em relação à quadrissemana anterior.

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