Duas corretoras, um banco de investimentos, uma fintech e um banco médio compõem a lista de instituições financeiras mais bem avaliadas pelos usuários do Yubb, buscador de investimentos com mais de 8 milhões de buscas por mês.

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A nota geral mais alta foi da corretora Órama, com 4,64, em uma escala de 0 a 5. Ela foi seguida pelo Nubank (4,37), Banco Inter (4,31), a corretora Mirae (4,22) e o BTG Pactual Digital (4,20).

Dentre os critérios avaliados pelos usuários, estavam a facilidade em usar as plataformas online, o atendimento ao cliente, custos e taxas praticadas pelas empresas. Além do ranking geral, o buscador de investimentos também informou à reportagem o desempenho das instituições nas categorias de grandes bancos, médios, fintechs e corretoras. A categoria com as notas mais baixas foi a dos grandes bancos.

O Santander – que teve a avaliação mais alta entre os cinco maiores bancos – atingiu a média de 3,17. No entanto, todas as demais categorias tiveram notas acima de 4 pontos para os cinco mais bem colocados. A superintendente executiva de investimentos do banco espanhol, Luciane Effting, vê o cenário de maior competição com otimismo.

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“O cliente está mais informado. Por isso, ampliamos nosso portfólio com todas as classes de ativos e passamos a oferecer, inclusive, produtos de terceiros em nossas plataformas”, diz. Ela afirma, ainda, que a concorrência tem efeitos benéficos: “fintechs têm estruturas enxutas e conseguem fazer movimentos rápidos. Vemos a competição como algo positivo”, diz.

“As fintechs inovaram na proximidade e no atendimento ao cliente. Muitos bancos médios seguiram esse movimento. Além disso, os grandes bancos acabam perdendo em rentabilidade, pela segurança que oferecem”, diz Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb.

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Ele observa que o fato de empresas menores liderarem o ranking das instituições financeiras demonstra um processo comum nas organizações: “Quanto mais elas crescem, mais difícil é manter o padrão”, afirma.

A presença de empresas com focos diferentes entre as instituições mais bem avaliadas demonstra uma novidade entre os investidores: ser multiplataforma.

É cada vez mais comum que os clientes tenham conta em um banco, em uma corretora e em uma fintech ao mesmo tempo. “Se antes os grandes bancos concentravam as alternativas de investimento, hoje há mais possibilidades”, diz Pascowitch.

Dicas

Na hora de escolher onde colocar o dinheiro, porém, a avaliação do cliente deve ser cuidadosa. Taxas, variedade de produtos na plataforma, facilidade de usar o aplicativo e clareza nas informações são alguns dos pontos que o investidor deve avaliar, na visão de Guilherme Assis, CEO do Gorila Invest (aplicativo que organiza investimentos).

Assis diz que o usuário pode ter contas em diversas plataformas para aproveitar os benefícios e isenções de cada uma delas. Nessa lógica, porém, o desafio é não perder de vista o total que está sendo investido. “É preciso olhar o consolidado das suas posições. Dividindo o patrimônio em ativos de curto, médio e longo prazos. Analisando os ativos separadamente, pode-se tomar decisões erradas, que não fazem sentido na sua carteira como um todo”, afirma.

Procurados, Itaú e Bradesco não quiseram comentar suas notas. Banco do Brasil e Caixa não responderam os contatos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.