Financiamento da safra em debate em Curitiba

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ivan Wedekin, participa hoje, às 14h30, em Curitiba (PR), de um ciclo de discussões sobre o financiamento da safra em 2005.

O ciclo, promovido pela RC Consultores e Global Invest, debaterá com representantes do setor privado, das cooperativas do Paraná e de órgãos públicos, os novos mecanismos para o financiamento da safra 2004/2005.

O Plano Agrícola e Pecuário, lançado em junho deste ano, criou mecanismos de atração de investimentos ao setor produtivo. O primeiro deles é o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), um título que poderá ser emitido por cooperativas, instituições financeiras e empresas de securitização para levantar recursos junto a investidores no mercado financeiro.

O secretário apresentará ainda o novo título desdobrado em três papéis para atender a públicos diferentes: o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), que será voltado para cooperativas e empresas do agronegócio; a Letra de Crédito ao Agronegócio (LCA), a ser utilizado por instituições financeiras; e o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), focado nas empresas de securitização e sociedades de propósito específico.

Mais crédito

Wedekin também apresentará o Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), um papel que representa promessa de entrega de produto agropecuário depositado em armazém, e o Warrant Agropecuário (WA), um título de crédito que confere direito de penhor sobre o produto descrito no CDA. Ambos títulos são casados e emitidos pelo armazenador a pedido do depositante.

O CDA e o WA serão uma nova moeda para os produtores rurais, que poderão vender o certificado como se vendesse o produto ou levantar um empréstimo com o WA. Não há incidência de impostos, como o ICMS, a cada negociação dos títulos. A tributação ocorrerá apenas na etapa final de consumo. Com isso, o produtor poderá financiar o armazenamento de seu produto com taxas mais baixas do que as oferecidas pelos bancos nas linhas de juros livres. Como ativo financeiro, estes papéis poderão ser negociados no mercado, gerando ganhos também para seus potenciais investidores.

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