Fim da greve na CSN, unidade de Araucária

Chegou ao fim a greve dos funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e da Indústria Nacional de Laminados (Inal) – empresa que presta serviços terceirizados dentro da CSN -, que atuam na unidade de Araucária. Os 476 funcionários voltaram ao trabalho na última quinta-feira, com a promessa de que a CSN irá discutir a pauta de reivindicações. A paralisação durou 20 dias. A direção da empresa se comprometeu em não descontar os dias parados.

?O fato de a empresa pagar integralmente pelos dias parados mostra um reconhecimento de que a paralisação era legítima?, apontou o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana, Clementino Tomáz Vieira. O pagamento dos trabalhadores deverá ser feito no dia 30, segunda-feira. Segundo Vieira, não houve qualquer avanço na pauta de reivindicações.

?Foi marcada uma reunião para a próxima quinta-feira (dia 2), no Ministério Público, onde vamos sentar e discutir?, afirmou. Os trabalhadores da unidade de Araucária pedem a equiparação de benefícios concedidos aos funcionários da unidade da CSN de Volta Redonda, como a redução da jornada de trabalho – de 44 para 40 horas semanais -, adicional noturno de 40%, pagamento imediato de R$ 1 mil como adiantamento da Participação de Lucros e Resultados (PLR). Segundo Clementino Vieira, há distorções também na questão salarial: enquanto um técnico industrial recebe R$ 4 mil em Volta Redonda, em Araucária o salário é de R$ 1,4 mil. O piso salarial, segundo Vieira, também é diferente: um ajudante inicial recebe R$ 720 no Rio de Janeiro e R$ 560 no Paraná.

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