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Fiesp discutiu tabelamento de frete e fim do Reintegra com Guardia

O tabelamento dos serviços de frete, que vem sendo discutido entre o governo federal e lideranças dos caminhoneiros, foi um dos temas abordados na reunião entre o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e a diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta segunda-feira, 11. Após o encontro, o presidente em exercício da entidade, José Ricardo Roriz, explicou a jornalistas como foi a conversa com Guardia.

“Foi uma reunião de trabalho onde foram apresentadas agendas de longo, médio e também de curto prazo. O tabelamento de frete é um problema que foi levantado, pois empresas estão com dificuldades de embarcar seus produtos”, disse Roriz. “Somos contra qualquer tipo de tabelamento, estaríamos voltando ao Brasil de 40 anos atrás”, complementou o executivo.

Conforme Roriz, o ministro da Fazenda entendeu o pleito do setor industrial, ainda que não tenha dado a palavra de que a medida será revertida. “O ministro não deu a entender que a tabela deixa de valer a partir de determinado momento, mas reconheceu as dificuldades causadas pelas medidas acordadas num momento grave do País”, explicou.

Outro ponto de debate com o ministro da Fazenda, comentou Roriz, foi a antecipação do fim do benefício da exportadores, no programa Reintegra. “A indústria tem 30% de capacidade ociosa. O governo antecipou o fim do programa, passando a alíquota de 2,0% para 0,1%. Isso cria uma instabilidade muito grande ao exportador”, comentou. Também foram tratadas no encontro agendas de médio e longo prazo.

O presidente da Fiesp comentou ainda os efeitos da greve dos caminhoneiros sobre o desempenho da economia brasileira. “Ainda é difícil quantificar o impacto. No resultado do ano, aquele PIB entre 2,8% a 3% para 2018, dificilmente será maior que 2%. Está mais para 1,5% de alta”, comentou.

Roriz assumiu a presidência interina da Fiesp após Paulo Skaf se licenciar do cargo. Ele é pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo MDB.

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