Fiesp ameaça com novas demissões se juro não cair

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horácio Lafer Piva, cobrou a mudança da política monetária do governo para evitar uma ainda maior retração econômica. Isso, segundo Piva, obrigaria as empresas a realizar mais cortes de pessoal. Nos últimos 12 meses, já foram cortados 51.117 empregos na indústria paulista, de acordo com a própria Fiesp.

Piva afirmou ontem que para reverter esse quadro, além do corte na taxa básica de juros da economia brasileira, que hoje está em 26,5% ao ano, também é necessário estudar a questão do recolhimento compulsório dos depósitos à vista.

Hoje, 60% desses depósitos são retidos pelo Banco Central, o que reduz a quantidade de dinheiro em circulação e encarece o crédito pela redução da oferta.

A postura de Piva, que participou do Primeiro Congresso da Indústria Paulista na sede da Fiesp, é de pressão sobre o governo, e não sobre os trabalhadores. No entanto, empresas do setor metalúrgico ligadas à Fiesp querem tentam dividir a crise com os trabalhadores.

Anteontem, em reunião com sindicalistas, os empresários do setor ameaçaram fazer demissões caso os trabalhadores não aceitem a perda de direitos trabalhistas, como o fim do descanso semanal remunerado e o parcelamento do pagamento de férias.

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