O superintendente adjunto de ciclos econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloísio Campelo, disse, nesta terça-feira, 29, que a expectativa é de que a indústria de transformação continue registrando uma situação difícil no segundo semestre deste ano. “A expectativa é de que o segundo semestre continue em um ritmo muito lento. A queda na confiança da indústria em julho (-3,2% ante junho e -15,6% em relação a julho do ano passado) traz um carregamento estatístico que pode fazer com que o terceiro trimestre tenha um desempenho negativo”, comenta.

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Segundo ele, a confiança pode até registrar uma melhora em agosto e setembro, na margem, em função do desaparecimento de alguns fatores pontuais que atrapalharam o primeiro semestre, como o grande número de feriados, manifestação populares e a Copa do Mundo. “Mesmo com um crescimento na margem nesses meses, isso não altera muito o cenário até o fim do ano, não é uma recuperação consistente”, afirma.

Campelo estima que a indústria de transformação terá queda de 2,5% a 3% este ano, enquanto a indústria geral deve apresentar retração de 2% a 2,5%

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