FGV prevê IGP-M médio de 0,50% em julho

O Índice Geral de Preços Mercados (IGP-M) deve desacelerar em julho e atingir uma taxa média de cerca de 0,50% no fechamento do mês que vem, previu há pouco, em entrevista coletiva, em São Paulo, o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). A despeito de muitos alimentos in natura ainda estarem pressionando o indicador, ele acredita que a sazonalidade favorável para meses de maio e julho – e que ainda não aconteceram – possa refletir sobre os preços e permitir uma inflação menor ante o quinto mês deste ano (0,67%). Ainda assim, o IGP-M deve ter um resultado superior à deflação de 0,61% apurada em julho de 2014.

Já a taxa acumulada em 12 meses, disse, deve continuar avançando, seguindo o IPC. Em 12 meses terminados em junho, o IGP-M atingiu 5,59%, enquanto o IPC ficou em 8,84%. “Está abaixo do IPC, mas deve seguir avançando”, estimou.

No IGP-M de junho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acelerou para 0,83%, após 0,68%, principalmente por causa da pressão das frutas (de -5,24% para -2,31%), ovos (-1,20% para alta de 0,84%) e carnes bovinas (de 1,11% para 2,07%).

Loterias

Além da expectativa de preços de alimentos mais comportados, os efeitos do aumento promovido em maio em loterias devem se dissipar em julho. Segundo Braz, a alta de 49,37%, registrada este mês, ajudou a impulsionar o IPC para 0,83% (de 0,68%) no IGP-M, assim como o grupo Alimentação (de 0,67% para 0,98%). “Pressionou, mesmo por se tratar de um item que tem pouco peso. No entanto, um aumento de quase 50% não é nada desprezível. Acaba comprometendo 0,30% do orçamento familiar, ou seja, tem o mesmo peso que o arroz”, explicou. “A alta forte em loterias foi o pico. Deve desacelerar daqui para frente, quem sabe a taxa tende a zerar”, completou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo