A confiança do consumidor avançou 0,6 pontos em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira, 21, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 93,2 pontos em novembro para 93,8 pontos em dezembro. Esse é o maior nível registrado desde abril de 2014 (96,0 pontos). Nos últimos três meses, o índice acumulou alta de 11,7 pontos, fechando o ano 5,7 pontos acima do mesmo período do ano anterior.

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“O ano de 2018 foi difícil para os consumidores, mas fecha com uma sequência de resultados positivos que sinalizam uma recuperação da confiança. Após três meses de altas, o consumidor percebe uma melhora da situação atual, com inflação em queda, taxas de juros estáveis, maior acesso ao crédito e maior oferta de emprego. O endividamento das famílias mantém-se elevado e, talvez por isso, neste mês, os consumidores tenham reavaliado o ganho expressivo das expectativas observado nos meses anteriores. Aparentemente, aguarda-se 2019 para voltarem a consumir com mais ímpeto “, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor, em nota oficial.

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A alta do ICC em dezembro foi determinada pela melhora das avaliações sobre a situação atual. No último mês do ano, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,4 pontos, para 77,0 pontos, no maior nível desde maio de 2018 (77,2). Já as expectativas, após atingir o máximo histórico no mês anterior, acomodaram, com uma suave queda. O Índice de Expectativas (IE) caiu 0,8 ponto, passando de 106,4 para 105,6 pontos.

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O grau de satisfação com a economia no momento subiu 2,8 pontos, para 83,9 pontos. Já o indicador que mede o otimismo dos consumidores com relação à situação financeira da família nos meses seguintes recuou 2,8 pontos dos 15,2 pontos acumulados em outubro e novembro. “Esse foi um dos principais fatores a conter um avanço mais expressivo da confiança no mês”, destacou a FGV.

Na análise por faixas de renda, houve queda, em termos absolutos, da diferença em pontos entre novembro e dezembro. Nos últimos três meses, a maior contribuição positiva veio das famílias com renda familiar mensal até R$ 2.100, acumulando alta de 16,3 pontos.

A Sondagem do Consumidor coletou informações de 1.776 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1 e 18 de dezembro.