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FGV: confiança da Indústria sobe em setembro; uso da capacidade instalada recua

O Índice de Confiança da Indústria subiu 0,6 ponto em setembro na comparação com agosto, atingindo 92,8 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (29). Esse é o maior nível desde abril de 2014, segundo a FGV.

A coordenadora da Sondagem da Indústria, Tabi Thuler Santos, avalia que o novo avanço do indicador confirma o retorno à fase da confiança industrial que havia sido interrompida em maio, após vir à tona a delação da JBS que implicava o presidente Michel Temer. “Os sinais têm sido consistentes: há contínua melhora das avaliações sobre o momento presente e a maioria dos indicadores da pesquisa deixou para trás os níveis extremamente baixos em que se encontravam durante o período recessivo”, explicou.

O único porém é, segundo Tabi, que o setor ainda opera com elevado nível de ociosidade, “mostrando que a recuperação do nível de atividade, apesar de já ser uma realidade, está apenas começando”, afirma a coordenadora da Sondagem da Indústria do IBRE/FGV. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 0,2 ponto em setembro, atingindo 73,9%. Em termos trimestrais também houve queda: o Nuci atingiu 74,2% no terceiro trimestre, 0,3 pp abaixo do observado no trimestre anterior.

A alta da confiança alcançou oito dos 19 segmentos industriais e decorreu da melhora das avaliações sobre a situação atual e também das expectativas sobre o futuro dos negócios. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 0,6 ponto, para 90,6 pontos, renovando a máxima desde maio de 2014 (92,3 pontos). O Índice de Expectativas (IE) aumentou 0,5 ponto, para 94,9 pontos.

No ISA, as melhores percepções sobre o nível de demanda foi o subgrupo que mais influenciou o avanço, crescendo 1,9 ponto em setembro, para 91,2 pontos, que é o maior nível desde maio de 2014 (92,4 pontos). A parcela de empresas que considera a demanda forte subiu de 7,6% para 8,2% entre agosto e setembro, enquanto a fatia que avalia que a demanda é fraca permaneceu relativamente estável, segundo a FGV, passando de 28,7% para 28,8%.

O melhor desempenho do IE foi motivado pelas expectativas mais elevadas em relação à tendência dos negócios nos seis meses seguintes. O indicador avançou 2,8 pontos, para 96,8 pontos. A proporção de empresas que acreditam a situação estará melhor aumentou de 34% para 35,6%, enquanto a parcela daquelas que veem piora caiu de 14,8% para 11,9%.

A edição de setembro de 2017 da pesquisa coletou informações de 1.151 empresas entre os dias 04 e 26 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Indústria ocorrerá em 31 de outubro de 2017 e a prévia deste resultado será divulgada no dia 24 de outubro.

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