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FGV: alta na confiança do comércio consolida recuperação, mas pode haver correção

O salto de 7,2 pontos na confiança do empresário do comércio na passagem de julho para agosto consolida a trajetória de recuperação do indicador, mas pode ser que ainda haja alguma correção pela frente após elevação tão significativa, avaliou Aloisio Campelo, superintendente de Produção de Bens Públicos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). O Índice de Confiança do Comércio (Icom) passou de 74,9 pontos em julho para 82,1 pontos em agosto, informou a FGV.

“O indicador é volátil, então eu não me espantaria se houvesse uma pequena correção no mês que vem. Mas as médias móveis trimestrais, que identificam a tendência, mostram que o índice já saiu do fundo do poço e que começa a trajetória de alta”, ressaltou Campelo.

A média móvel trimestral do Icom teve um avanço de 3,7 pontos em agosto ante julho, a maior elevação registrada pela série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2010.

Neste mês, a realização dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro ajudou a melhorar o humor dos comerciantes em relação à situação presente dos negócios, porque mexeu também com as férias escolares, transferidas de julho para agosto. No entanto, a demanda atual ainda é motivo de insatisfação para o empresário.

“A demanda atual ainda está devagar. A avaliação sobre a situação talvez tenha melhorado porque as vendas continuem caindo, mas em ritmo menor. E mesmo com a demanda menor, fazendo seu dever de casa, um ajuste forte nos custos, talvez o empresário tenha conseguido recuperar margem e lucro”, justificou Campelo.

Já as expectativas permanecem melhorando acima das avaliações sobre o momento presente. “O pessimismo está diminuindo”, definiu o superintendente do Ibre-FGV.

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