As novas regras do Programa Carta de Crédito Associativo podem facilitar a construção de prédios com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Uma das mudanças é que agora as cooperativas ou associações não precisam mais ter 60% do imóvel já vendido para conseguir o financiamento.
O Conselho Curador do FGTS aprovou, na última terça-feira (31), mudanças para agilizar a construção de empreendimentos imobiliários. Uma delas estabelece que as companhias de Habitação Popular (Cohabs) passarão a agir como promotoras de ações para beneficiar a população em seus locais de atuação.
Segundo a secretária de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, o objetivo das mudanças é aumentar o acesso aos recursos de financiamento do FGTS. ?Quanto maior for a oferta e maior for o número de agentes promotores, maiores serão as chances de amenizar o problema de habitação da população de baixa renda?, destacou.
Inês Magalhães explicou que a Secretaria de Habitação sempre trabalha com ações em dois eixos fundamentais: um deles cria condições para que o mercado funcione melhor, com crescimento de produção, e o outro concentra os investimentos públicos na faixa de menor renda, onde estão os maiores problemas de moradia no Brasil.
A expectativa da Secretaria Nacional de Habitação é que, com as novas regras, aumente o número de contratações do Programa Carta de Crédito Associativo, que possui R$ 1 bilhão disponível para 2005, o que pode beneficiar cerca de 83 mil famílias em todo o Brasil.