Economia

Feriado nos EUA, agenda fraca e vencimento de opções impedem alta do Ibovespa

A agenda esvaziada, a ausência das bolsas de Nova York e o vencimento de opções sobre ações nesta segunda-feira, 20, podem dificultar o rumo do Ibovespa. Depois de subir 1,52%, aos 118.478,30 pontos na sexta, o índice tende a passar por alguma realização.

Nos Estados Unidos, os mercados estão fechados por causa do feriado de Martin Luther King, enquanto na Europa o sinal das bolsas é misto, oscilando perto da estabilidade, à espera do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. No entanto, o vencimento na B3 pode elevar o volume de negócios.

Além disso, decisões de política monetária no Japão e na zona do euro ficam no radar esta semana e, internamente, os investidores esperam a primeira divulgação da inflação oficial de 2020: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA -15) de janeiro, na quinta-feira.

Após dados frustrantes e fracos de atividade em 2019 e em meio aos números fortes de inflação, o investidor quer saber como ficará o balanço de riscos e como isso afetará a política monetária.

“Há um debate entre corte de 0,25 ponto porcentual e manutenção em 4,50% ao ano no Copom de fevereiro. Isso deve ficar no foco, e hoje a Bolsa deve ficar de lado, diante da falta de Nova York e do vencimento”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM.

Esse debate acerca do rumo dos juros também tende a ficar no radar dos investidores do setor financeiro, à medida que isso tende a resultar em redução dos spreads, elevando ainda mais a concorrência em meio ao crescimento das fintechs.

Às 11h07, o Ibovespa caía 0,16%, aos 118.287,05 pontos, com as ações da Petrobras subindo por conta do petróleo, limitando as perdas, enquanto Vale ON caia, acompanhando o recuo do minério.

O recuo de 0,90% do minério de ferro no porto chinês de Qingdao hoje, limita avanço dos papéis da mineradora, a despeito da informação de que a China manteve a taxa de juros de referência inalterada, mas o viés para a política econômica é para mais estímulos, caso a economia siga fraca, cita em nota o Bradesco.

Indicadores recentes sugerem que a desaceleração da atividade chinesa foi interrompida, apesar do ritmo ainda fraco, acrescenta o banco. Ainda assim, acredita que há espaço para mais estímulos, haja vista o corte do compulsório anunciado há poucas semanas.

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