Fêmea Nelore bate recorde na 44.ª feira de Londrina

A fêmea Nelore PO, “Preferida da Espinho Preto”, é recordista de preço da 44.ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina 2004 até o momento. Com sete anos e seis meses de idade e pesando quase 800 kg, a vaca foi arrematada pela quantia de R$ 148.400,00, durante o 2.º Leilão Elite Espinho Preto, realizado domingo, dia 11, no Recinto José Garcia Molina. O comprador do lote foi Roberto e Silvana Sandoval, da Agropecuária Dasanas, de Uberaba (MG), e a venda foi realizada pelo Canal Rural. O vendedor foi a Agropecuária Espinho Preto, de Londrina (PR).

“Preferida” repete a façanha de sua mãe, a doadora “Radiante da Espinho Preto”, que foi recordista do 1.º Leilão Espinho Preto, realizado durante a Exposição de Londrina do ano passado. “Radiante” foi vendida por R$189 mil.

Rio Bonito

Também no domingo foi realizado o Leilão Rio Bonito, no Recinto Abdelkarim Janene, durante a 44.ª Exposição Agropecuária de Londrina. A comercialização foi de 100%, segundo o administrador Gaúcho. Ao todo, 1.039 animais foram vendidos – 592 machos e 447 fêmeas. O preço médio da cabeça foi R$ 450 (macho) e R$ 330 (fêmea). As raças negociadas foram nelore e cruzamento industrial.

O destaque ficou por conta dos bezerros LA (livro aberto), com idade entre 8 e 10 meses, vendidos em três parcelas de R$ 450,00. As fêmeas – duas prenhas do Big Ben, da Fazenda Santa Nice – foram vendidas em três parcelas de R$ 1.020,00. O próximo leilão da Rio Bonito está marcado para setembro. A Feira Agropecuária e Industrial de Londrina acontece até o próximo domingo.

Instalação interativa

Este ano a Copel montou na 44.ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina uma instalação interativa para alertar o público sobre os perigos da má utilização da energia elétrica. Bonecos de animais e pessoas em tamanho real, plantações pegando fogo, a réplica de uma casa e antenas de transmissão de energia reproduzem de forma divertida e consciente as mais diversas cenas de acidentes relacionados à eletricidade, tanto na cidade como no campo.

Acompanhados de monitores treinados, os visitantes percorrem uma mini-cidade e são orientados sobre procedimentos para evitar acidentes. No final do percurso, todos ganham brindes e panfletos explicativos. Além disso, o estande também oferece todos os tipos de serviços realizados pelo departamento comercial da Copel como dúvidas sobre contas, instalações elétricas das residências, atualizações de endereço e conta bancária.

Pesquisa aumenta a produtividade

Brasília

  – O aumento da produtividade agrícola é mais influenciado por investimentos em pesquisa do que pela liberação de crédito rural. Estudo, ainda inédito, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério do Planejamento, revela que a cada 1% de aumento no volume de recursos destinados à pesquisa ocorre um aumento imediato de 0,17% na produtividade total da agricultura brasileira. No caso do crédito rural, esse efeito é de apenas 0,06%.

“Gasto com pesquisa é mais importante que crédito rural” afirma o estudo. “A experiência de países industrializados sugere que, a longo prazo, a produtividade total dos fatores no setor agrícola deve crescer 1,5% a 2% ao ano, e que dois terços desse crescimento ocorrerão em razão do investimento em pesquisa e extensão”, avaliam os técnicos do Ipea.

O estudo, conduzido pela professora Mirian Bacchi, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirós (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), com mais quatro técnicos de planejamento e pesquisa do Ipea, estimou o índice de produtividade total da agricultura brasileira de 1975 a 2002 e a evolução de seus principais condicionantes, como os investimentos feitos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desembolsos realizados na esteira de políticas de crédito rural e a relação de troca entre preços recebidos pelos agricultores e preços pagos pelos insumos adquiridos ao longo do período.

De acordo com o trabalho, a agricultura brasileira registrou uma taxa anual média de crescimento da produtividade de 3,30% entre 1975 e 2002. Na década de 90, essa taxa foi de 4,88%, e no início dos anos de 2000, um crescimento médio de 6,04%. “O crescimento do índice de produto foi muito superior ao índice de insumos, o que revela crescimento em decorrência da produtividade”, afirmam os técnicos. As taxas brasileiras superam às registradas pelos Estados Unidos, que de 1990 a 1999 apresentou um crescimento de 1,57%, em média, em sua produtividade total no setor agrícola.

Esse aumento na produtividade da agricultura brasileira é bastante influenciado pelo investimento em pesquisa, segundo avaliam os técnicos do Ipea. Apesar dos efeitos imediatos, o estudo indica que tanto o investimento em pesquisa quanto a liberação de recursos via crédito rural geram resultados mais fortes no segundo ano após sua aplicação.

O aumento de recursos para pesquisa gera, neste caso, um crescimento de 0,22% na produtividade, enquanto o crédito rural resulta num impacto de 0,11%. Para os técnicos, os resultados do estudo devem ser considerados pelo governo na hora de definir políticas para o setor. “Esses são instrumentos da maior relevância em política agropecuária”, destacam.

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