O País deixou de economizar R$ 30 milhões neste ano, durante o Horário de Verão, por causa da falta de chuvas. Habitualmente, é obtida a cada edição do Horário de Verão uma economia de R$ 40 milhões, mas neste ano a economia ficou em apenas R$ 10 milhões. O presidente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, explicou que essa economia é obtida porque, ao deslocar o período de maior consumo com mudança do horário, o sistema elétrico deixa de usar energia térmica, que é mais cara que a de hidrelétricas. No fim do ano passado, porém, as usinas termelétricas já estavam ligadas para compensar o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, portanto a economia não foi sentida.
"Esse ganho só se deu de outubro a meados de dezembro e não em todo o período", afirmou Chipp. "Não foi possível a partir de meados de dezembro obter esse ganho porque as térmicas já estavam despachadas por outras razões", acrescentou.
Chipp defendeu a importância do Horário de Verão, argumentando que ele reduz o consumo de energia no horário de pico dando mais segurança ao abastecimento energético. Neste ano, a redução do consumo foi de 4,2% nas regiões Sudeste e Centro Oeste e de 4,7% na região Sul, o que resultou em uma economia de 2 mil megawatts no horário de pico, das 17h às 21 horas.
